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Sermos felizes, o que basta. Se possível...a fazer aquilo que mais gostamos.

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E quando as saudades começam a fazer-se sentir? Talvez eles não saibam, mas a vontade é imensa de voltar para o meio deles. É ali que faz sentido, é ali que os nossos dias brilham mais. São aquelas pessoas que são um pouco minhas e eu que sou um pouco delas... até quando? Não sabemos. Mas eu, tenho a certeza que o abraço estará para breve. Eu sei que eles precisam de mim, mas sei que eu também preciso deles. E muito. Talvez mais do que aquilo que eles pensam e sabem. O desejo para que se encontrem todos bem e protegidos para regressarmos em força e voltarmos a fazer aquilo que mais gostamos. Sermos felizes, o que basta.

Sei que um dia...quando ele me faltar, é mais um avô que tive o privilegio de ter por perto.

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Tenho de falar dele. O amigo de 86 anos, que tanto me dá a conhecer de histórias passadas. Existem 60 anos de diferença entre nós, mas ele é especial. Temos lutado juntos contra a maldita doença que nos faz esquecer. Ele não sabe, finge que está bem e que o esquecimento é um mero acaso. Mas não é. Pois é, acompanho-o à dois anos, falamos muito e eu insisto em lhe contar histórias minhas...ele gosta e dá sempre a sua gentil opinião. Conto com ele e ele conta comigo. Uma coisa boa e deliciosa, ele não se esquece do meu nome. Espero que por muito tempo. Sei que um dia...quando ele me faltar, é mais um avô que tive o privilegio de ter por perto.

Memórias que ficam. Obrigada Soure.

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                    Hoje o caminho até casa pareceu mais longo. No dia do adeus, deixo uma Vila, deixo amigos, deixo colegas e deixo as pessoas que deram sentido a tudo. Um sentimento de que chegou mesmo ao fim. Foi uma aprendizagem todos os dias, foi redescobrir todos os dias, foi sorrir todos os dias. Se valeu a pena? Valeu, repetia tudo de novo outra vez. Posso fazer replay e voltar atrás? Gostava de sentir tudo outra vez e gostava que eles sentissem tudo outra vez. Hoje a senhora C, emocionou-se, abraçou-me e disse-me que a partir daquele dia ia sentir-se sozinha. Doeu. Fez-me perceber, que a minha presença fez realmente a diferença. Hoje despeço-me de vocês todos, mas com a certeza que quero voltar a ver-vos. Obrigada Soure. Obrigada CLDS. Este presente? São as memórias que ficam. 

Olha nos olhos destas pessoas e sente o momento. Pára e escuta, escuta as pessoas...

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Acredita que podes fazer a diferença. Olha nos olhos destas pessoas e sente o momento. Pára e escuta, escuta as pessoas... dá-lhes a liberdade de se fazerem ouvir e de poderem escolher e fazer aquilo que gostam. Não somos mais que seres humanos que necessitamos de nos unir e brilhar juntos! Na jornada da vida, podemos usufruir de tantos momentos... momentos esses que só fazem sentido se for partilhado com pessoas. Mais importante que as palavras, é a atitude. É estar presente, presente nos momentos felizes e nos momentos menos felizes. Pela paixão à vida, pelo amor às pessoas que nos rodeiam, vamos olhar mais em frente. Um dia...um dia seremos apenas recordações. E as recordações fazem-se de momentos, preferencialmente de momentos felizes. 

Ao último mês...é tão fácil começar e tão difícil de dizer adeus. Até breve Soure.

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Hoje começou o fim de um ciclo. Dizer adeus aquelas pessoas que estiveram comigo durante ano e meio. Que orgulho que eu tenho naquelas pessoas! Sem me conhecerem, deram-se a conhecer. Saber que dificilmente tão cedo não voltarei a estar com aquelas pessoas. Elas foram um pouco minhas e eu fui um pouco delas. Fomos o cruzamento da alegria e de histórias contadas. E agora? Digo-lhes até breve? Quando nos voltamos a ver? Secalhar...secalhar dificilmente nos voltamos a ver. É a tristeza de dizer adeus aqueles que sorriem com a nossa presença, mas é a alegria de sentimento de dever cumprido! À Santa Casa Misericórdia de Soure, Associação do Sobral, Associação de Paleão, Pouca Pena, Gesteira, Cotas, Carvalhal da Azóia, Alencarce de Cima, Malavenda, Granja do Ulmeiro, Brunhós, Cercal, Alfarelos, Simões, Casas Novas, Associação da Defesa de Património, um Obrigada...! Hoje, a Senhora M, deu-me um abraço forte e desejou-me muita sorte no momento de dizer até breve. 

Somos o sorriso que entregamos...Somos o amor que espalhamos.

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Sentes que as coisas correm bem, quando dia após dia, chegas e tens uma plateia à tua espera.  Emociona-me saber que todos eles estão ali porque eu vou lá estar. Eles sabem o meu nome e chamam por mim. Eles saem das suas casas, deixam os seus afazeres e vão aproveitar um pouco de uma tarde diferente. Criamos laços, afinidades com pessoas que não conhecíamos e que com a experiência de um momento, acabam sempre por ficar na nossa memória. São eles, todos os dias, quando lhes digo até breve...me desejam muita sorte. Viver simples. Entregar sorrisos, espalhar o amor. O resto...o resto vem por acréscimo. E quando tivermos de dizer adeus? O adeus na incerteza se nos voltaremos a cruzar. Mas com a certeza que partilhámos bons momentos. Somos o sorriso que entregamos...somos o amor que espalhamos.

Entrego-me a eles de corpo e alma, só assim faz sentido. Trabalhar com seres humanos, é trabalhar com o coração.

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Chegar e ter uma sala cheia de pessoas à tua espera...é tão gratificante! Saber que naquele dia estão "n" pessoas que tiram um pouco dos seus dias só para estarem presentes numa tarde um pouco diferente.  Afinal a vida pode ser vivida de uma forma tão simples... dar o melhor de nós e receber ainda mais. Ir para casa com o dever cumprido, que aquelas pessoas pedem mais, mais vezes, mais dias assim... Um dia, vamos ter de nos despedir...nesse dia, ficarei com todos aqueles rostos em mais uma página da minha vida, onde cada um, diferente à sua maneira, mas especial por termos partilhado alguns momentos juntos. Eles aprendem comigo, mas eu também aprendo muito com eles. Entrego-me a eles de corpo e alma, só assim faz sentido. Trabalhar com seres humanos, é trabalhar com o coração. Isto, por mais simples que seja, é aquilo que me move como pessoa...